quinta-feira, 28 de abril de 2011

DEZ COISAS A SEREM APRENDIDAS COM O JAPÃO

1 – A CALMA

Nenhuma imagem de gente se lamentando, gritando e reclamando que “havia
perdido tudo”. A tristeza por si só já bastava.

2 – A DIGNIDADE

Filas disciplinadas para água e comida. Nenhuma palavra dura e nenhum gesto
de desagravo.

3 – A HABILIDADE

Arquitetos fantásticos, por exemplo. Os prédios balançaram, mas não caíram.

4 – A SOLIDARIEDADE

As pessoas compravam somente o que realmente necessitavam no momento. Assim
todos poderiam comprar alguma coisa.

5 – A ORDEM

Nenhum saque a lojas. Sem buzinaço e tráfego pesado nas estradas. Apenas
compreensão.

6 – O SACRIFÍCIO

Cinqüenta trabalhadores ficaram para bombear água do mar para os reatores da
usina de Fukushima. Como poderão ser recompensados?

7 – A TERNURA

Os restaurantes cortaram pela metade seus preços. Caixas eletrônicos
deixados sem qualquer tipo de vigilância. Os fortes cuidavam dos fracos.

8 – O TREINAMENTO

Velhos e jovens, todos sabiam o que fazer e fizeram exatamente o que lhes
foi ensinado.

9 – A IMPRENSA

Mostraram enorme discrição nos boletins de notícias. Nada de reportagens
sensacionalistas com repórteres imbecis. Apenas reportagens calmas dos
fatos.

10 – A CONSCIÊNCIA

Quando a energia acabava em uma loja, as pessoas recolocavam as mercadorias
nas prateleiras e saiam calmamente.
* E, NO BRASIL...*

Conselhos da VIDA

1. A vida não é justa, mas ainda é boa.

2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno .

3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.

4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.

5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.

6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.

7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.

8. É bom ficar bravo com Deus Ele pode suportar isso.

9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.

10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.

11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.

12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.

13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles.

14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.

15. Tudo pode mudar num piscar de olhos Mas não se preocupe; Deus nunca pisca.

16. Respire fundo. Isso acalma a mente.

17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.

18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.

19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais.

20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.

21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic.  Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.

22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.

23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir  roxo.

24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.

25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você..

26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras 'Em cinco anos, isto importará?'

27. Sempre escolha a vida.

28. Perdoe tudo de todo mundo.

29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.

30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo..

31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.

32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.

33. Acredite em milagres.

34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.

35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.

36. Envelhecer ganha da alternativa -- morrer jovem.

37. Suas crianças têm apenas uma infância.

38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.

39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.

40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos  nossos mesmos problemas de volta.

41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.

42. O melhor ainda está por vir.

43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.

44. Produza!

45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.

terça-feira, 26 de abril de 2011

O melhor da terapia...

Luis Fernando Veríssimo (?)

O melhor da Terapia é ficar observando os meus colegas loucos.
Existem dois tipos de loucos. O louco propriamente dito e o que cuida
do louco: o analista, o terapeuta, o psicólogo e o psiquiatra.  Sim,
somente um louco pode se dispor a ouvir a loucura de seis ou sete
outros loucos todos os dias, meses, anos.  Se não era louco, ficou.

Durante quarenta anos, passei longe deles. Pronto, acabei diante de um
louco, contando as minhas loucuras acumuladas. Confesso, como louco
confesso, que estou adorando estar louco semanal. O melhor da terapia
é chegar antes, alguns minutos e ficar observando os meus colegas
loucos na sala de espera. Onde faço a minha terapia é uma casa grande
com oito loucos analistas. Portanto, a sala de espera sempre tem três
ou quatro ali, ansiosos, pensando na loucura que vão dizer dali a
pouco. Ninguém olha para ninguém. O silêncio é uma loucura. E eu, como
escritor, adoro observar pessoas, imaginar os nomes, a profissão,
quantos filhos têm, se são rotarianos ou leoninos, corintianos ou
flamenguistas. Acho que todo escritor gosta desse brinquedo, no mínimo,
criativo. E a sala de espera de um "consultório médico", como diz a
atendente absolutamente normal (apenas uma pessoa normal lê tanto
Paulo Coelho como ela), é um prato cheio para um louco escritor como
eu. Senão, vejamos: Na última quarta-feira, estávamos:

 1. Eu
 2. Um crioulinho muito bem vestido,
 3. Um senhor de uns cinqüenta anos e
 4. Uma velha gorda.

Comecei, é claro, imediatamente a imaginar qual seria o problema de
cada um deles. Não foi difícil, porque eu já partia do principio que
todos eram loucos, como eu. Senão, não estariam ali, tão cabisbaixos e
ensimesmados.

2. O pretinho, por exemplo. Claro que a cor, num país racista como o
nosso, deve ter contribuído muito para levá-lo até aquela poltrona de
vime. Deve gostar de uma branca, e os pais dela não aprovam o namoro e
não conseguiu entrar como sócio do "Harmonia do Samba". Notei que o
tênis estava um pouco velho. Problema de ascensão social, com certeza.
O olhar dele era triste, cansado.Comecei a ficar com pena dele. Depois
notei que ele trazia uma mala.  Podia ser o corpo da namorada
esquartejada lá dentro. Talvez apenas a cabeça. Devia ser um
assassino, ou suicida, no mínimo. Podia ter também uma arma dentro.
Podia ser perigoso. Afastei-me um pouco dele no sofá. Ele dava olhadas
furtivas para dentro da mala assassina.

3. E o senhor de terno preto, gravata, meias e sapatos também pretos?
Como ele estava sofrendo, coitado. Ele disfarçava, mas notei que tinha
um pequeno tique no olho esquerdo. Corno, na certa. E manso. Corno
manso sempre tem tiques. Já notaram? Observo as mãos. Roía as
unhas.Insegurança total, medo de viver. Filho drogado? Bem provável.
Como era infeliz esse meu personagem.  Uma hora tirou o lenço e eu já
estava esperando as lágrimas quando ele assoou o nariz violentamente,
interrompendo o Paulo Coelho da outra. Faltava um botão na camisa.
Claro, abandonado pela esposa. Devia morar num flat, pagar caro, devia
ter dívidas astronômicas. Homossexual? Acho que não. Ninguém beijaria
um homem com um bigode daqueles. Tingido.

4) Mas a melhor, a mais doida, era a louca gorda e baixinha. Que bunda
imensa. Como sofria, meu Deus. Bastava olhar no rosto dela. Não devia
fazer amor há mais de trinta anos. Será que se masturbaria? Será que
era esse o problema dela? Uma velha masturbadora?  Não! Tirou um terço
da bolsa e começou a rezar. Meu Deus, o caso é mais grave do que eu
pensava.Estava no quinto cigarro em dez minutos. Tensa. Coitada.  O
que deve ser dos filhos dela? Acho que os filhos não comem a
macarronada dela há dezenas e dezenas de domingos. Tinha cara também
de quem mentia para o analista.  Minha mãe rezaria uma Salve-Rainha
por ela, se a conhecesse.

Acabou o meu tempo.  Tenho que ir conversar com o meu psicanalista.
Conto para ele a minha "viagem" na sala de espera. Ele ri, ... ri
muito, o meu psicanalista, e diz:

- O Ditinho é o nosso office-boy.

- O de terno preto é representante de um laboratório multinacional de
remédios lá no Ipiranga e passa aqui uma vez por mês com as novidades.

- A gordinha é a Dona Dirce, minha mãe.

- E você, não vai ter alta tão cedo...

MULHER (de verdade)

O  meu nome é MULHER!
No princípio eu era a Eva

Criada para a felicidade de Adão
Mais tarde fui Maria
Dando à luz aquele
Que traria a salvação
Mas isso não bastaria
Para eu encontrar perdão.
Passei a ser Amélia
A mulher de verdade
Para a sociedade
Não tinha a menor vaidade
Mas sonhava com a igualdade.
Muito tempo depois decidi:
Não dá mais!
Quero minha dignidade
Tenho meus ideais!
Hoje não sou só esposa ou filha
Sou pai, mãe, arrimo de família
Sou caminhoneira, taxista,
Piloto de avião, policial feminina,
Operária em construção...
Ao mundo peço licença
Para atuar onde quiser
Meu sobrenome é COMPETÊNCIA
E meu nome é MULHER..!!!!
 

Faz um péssimo negócio quem troca por coisas perecíveis os preciosos tesouros da fé

Tempos atrás havia um programa de tevê, desses dominicais, em auditório, no qual uma pessoa, previamente escolhida para aquela extraordinária oportunidade, era convidada a fazer, às cegas, uma série de escolhas. No desenvolvimento do programa, sem o saber, ela ia trocando, ou não, uma casa por um pé de couve, um pé de couve por uma geladeira, uma geladeira por cem mil reais e assim sucessivamente. Quem assistisse o programa torcia pela infeliz que, na maior parte das vezes, ia fazendo péssimos negócios sem o saber.

Maus negócios nos atingem o âmago do ser. É por isso que muitas profissões valem-se desse sentimento para promover a atividade a que se dedicam. "Não faça nada errado, consulte um advogado" (hoje em dia, diante de sentenças esquisitas que andam por aí, é melhor consultar direto o juiz, mas esse é outro artigo). "Construa certo, contrate um arquiteto". Há todo um marketing mobilizando as energias do interesse próprio e o natural anseio de não cairmos em esparrelas que nos prejudiquem. Nada há de errado em querer fazer bons negócios. Milhões deles são selados todo dia, mundo afora e, na sua quase totalidade, são bons porque correspondem à conveniência das partes. Aliás, é assim, sobre bons negócios, que se move a roda da economia, ao passo que as sub-primes da vida, os esbanjamento dos recursos, as trocas desvantajosas e coisas que as valham, atolam a prosperidade social no barro das espertezas, dos equívocos, das ganâncias desmedidas e dos bem medidos prejuízos.

Ao longo de nossa vida vamos fazendo, também, negócios de outro tipo. Assim, por exemplo, trocamos ou não horas de lazer por horas de estudo. Horas de trabalho por remuneração desse trabalho. O uso mais prazeroso do nosso dinheiro por plano de saúde e aposentadoria. Certos prazeres da liberdade por amor e estabilidade conjugal e familiar. Exercícios físicos e alimentação menos atraente por saúde e longevidade. E assim por diante, vida afora. Quando fazemos opções erradas, selamos maus negócios e ficamos com incontornável dano.
Pois bem, o que vale para os planos material e moral, vale igualmente para o espiritual. Também nele fazemos opções que podem redundar em bons ou em maus negócios. E o dia de hoje talvez nos forneça o melhor exemplo do que estou afirmando. Estamos no domingo de Páscoa, no domingo da Ressurreição do Senhor para os cristãos e para a tradição do Ocidente, onde é a maior festa religiosa. São Paulo dizia: "Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé". Na Ressurreição metemos o pé no estribo para a vida eterna. É nela que vencemos o aguilhão da morte. E eu não convivo de modo saudável com a ideia de que a morte, ao fim e ao cabo, seja a grande e definitiva vitoriosa sobre tudo e sobre todos.
Faz um péssimo negócio, portanto, quem troca por coisas perecíveis os preciosos tesouros da fé - a Páscoa por chocolate, Cristo por um coelho, o Natal por um iPad e o menino Jesus por um Papai Noel de shopping. Tudo isso é muito pitoresco e atraente, mas passa longe da essência da celebração, do mesmo modo que os balões e os "brigadeiros" estão na festa, mas não são a festa. Quem faz esse tipo de negócio fica como o sujeito do programa de auditório, afundado em inconscientes transações. Feliz Páscoa, então!